J-horror agita a madrugada no Reag Belas Artes
O Reag Belas Artes promete uma noite arrepiantemente inesquecível para os fãs do cinema de terror. No dia 18 de julho, a partir das 23h30, o tradicional Noitão recebe uma edição especial dedicada ao J-horror, vertente do horror japonês que mistura atmosfera sombria e terror psicológico. Com exibições simultâneas em duas salas e um filme surpresa para encerrar a noite, a programação vai do clássico ao contemporâneo.
A palavra-chave J-horror aparece com força na curadoria, refletindo a crescente popularidade desse estilo único que valoriza o medo mais sugestivo do que explícito. Entre os destaques, estão os longas de Kiyoshi Kurosawa, um dos mestres do gênero, e a presença marcante do polêmico Audição, de Takashi Miike.
Duas salas, múltiplos pesadelos
Na Sala 1, a noite começa com a estreia nacional de Cloud: Nuvem de Vingança, novo filme de Kurosawa. A trama gira em torno de Ryosuke, um homem simples que vende objetos online e passa a ser perseguido por presenças sinistras. Em seguida, o público assiste ao icônico Pulse (2001), também dirigido por Kurosawa, que relaciona assombrações com conexões digitais — um verdadeiro clássico do J-horror. A maratona termina com um filme surpresa, que ainda não foi revelado.
Enquanto isso, a Sala 2 repete a exibição de Cloud e emenda com Audição (1999), obra de Miike que mistura drama e violência extrema de forma chocante. O longa narra a história de um viúvo que organiza um teste falso para encontrar uma nova companheira, mas acaba envolvido com uma jovem misteriosa que guarda um passado aterrorizante. Após isso, outro filme surpresa fecha a seleção, mantendo o suspense até o último segundo.
Ingressos e mais detalhes
Os ingressos para o Noitão J-horror já estão à venda no site oficial e na bilheteria do Reag Belas Artes. O valor é de R 40 (meia-entrada), válido para toda a programação. O evento é uma rara chance de maratonar grandes títulos do J-horror na tela grande, cercado por amantes do terror japonês.
Mesmo com alguns errinhos na agenda divulgada, como “bilha de bilha” em vez de bilheteria e uma sinopse um pouco confusa, o público não deve se deixar abalar. O mais importante é a experiência intensa e coletiva que só o cinema proporciona — e, nesse caso, com uma dose generosa de calafrios orientais.
O J-horror vem conquistando cada vez mais espaço entre os cinéfilos brasileiros, e essa noite especial só reforça sua força no cenário global. Prepare-se para gritar, refletir e sair da sessão olhando por cima do ombro. Afinal, o medo é universal — mas o japonês sabe bem como potencializá-lo.
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