O cenário do streaming está prestes a ficar mais rigoroso para quem divide sua conta com amigos ou familiares. A HBO Max, uma das gigantes do setor, anunciou que vai intensificar sua política contra o compartilhamento de senha. A mudança, prevista para começar de forma mais “agressiva” em setembro, promete alterar a rotina de muitos assinantes.
O que muda no HBO Max
JB Perrette, chefe de streaming e jogos da Warner Bros. Discovery, afirmou que a empresa passou meses identificando quais usuários são legítimos e quais utilizam contas de terceiros. Essa fase inicial serviu para mapear hábitos e definir estratégias de contenção.
Segundo Perrette, até agora a comunicação com os usuários tem sido branda, mas o tom das mensagens mudará. A empresa pretende adotar um discurso mais firme, deixando claro que contas compartilhadas fora do núcleo familiar não serão mais toleradas.
Para a HBO Max, o compartilhamento de senha representa uma perda direta de receita. Cada acesso não autorizado significa um assinante a menos no balanço financeiro. Com o mercado de streaming cada vez mais competitivo, cada dólar conta.
O modelo de negócios dessas plataformas depende de manter e ampliar o número de assinantes pagantes. Assim, restringir o uso de contas compartilhadas é visto como uma forma de proteger a rentabilidade e financiar novos conteúdos.
O que esperar a partir de setembro
A primeira etapa dessa política já está em curso, mas a ofensiva real começa no último trimestre do ano. A partir daí, mensagens mais incisivas e possíveis bloqueios de acesso podem ser aplicados para quem insistir em dividir a senha.
Perrette afirmou que o impacto positivo para a empresa deve se estender até 2026. Isso indica que a ação será gradual, mas consistente, visando converter usuários “emprestados” em assinantes oficiais.
Como isso afeta o consumidor
Para quem assina sozinho, nada muda. Mas para quem divide a conta com pessoas de fora de casa, o cenário pode se complicar. Caso o modelo siga exemplos de outras plataformas, como a Netflix, pode haver a oferta de planos extras pagos para contas compartilhadas.
Essa mudança levanta discussões sobre a acessibilidade do streaming. Embora as empresas defendam o direito de cobrar por cada usuário, há quem argumente que os preços já estão elevados e que medidas como essa afastam o público.
Deixe um comentário