A Sony retirou diversos títulos fraudulentos da PlayStation Store após uma série de denúncias feitas por jogadores e sites especializados. A decisão impacta diretamente a desenvolvedora Publishme Agency Ltd, acusada de enganar consumidores com versões disfarçadas de jogos populares. Os títulos usavam nomes semelhantes a sucessos já conhecidos, confundindo usuários desavisados que buscavam jogos legítimos.
A situação veio à tona em abril, quando jogadores identificaram um suposto jogo chamado Anexo 1 como sendo uma cópia disfarçada de um título famoso de PC. A semelhança no nome e na descrição era suficiente para enganar muitos usuários. Depois da repercussão negativa, o desenvolvedor mudou o nome do jogo para Império de drogas de ervas daninhas, numa tentativa de se esquivar da detecção automática da plataforma e continuar lucrando com o engano.
O jogo fraudulento era oferecido por US 82 na cotação atual) e chegou a figurar entre os destaques da loja por semanas. Mesmo com a mudança de nome, o golpe continuava prejudicando consumidores. Muitos só perceberam que haviam comprado um produto falso após o download, e relataram dificuldades para solicitar reembolso.
Clones disfarçados confundiam os consumidores
Além do caso de Anexo 1, a Publishme Agency também lançou uma cópia não autorizada de outro título popular do PC. Inicialmente chamado de Repo, o jogo foi posteriormente rebatizado como Extração de relatórios, mantendo a estratégia de adotar nomes semelhantes para confundir o público.
Ambos os jogos não tinham qualquer relação com os originais. No entanto, usavam elementos de marketing e apresentação visual genéricos, como descrições vagas, capturas de tela falsas e títulos enganosos. Apesar disso, passaram pelas verificações iniciais da PlayStation Store.
A facilidade com que esses jogos foram aprovados levantou críticas à Sony, que permitiu a presença de conteúdo duvidoso em sua loja oficial. A comunidade gamer, junto com veículos especializados, pressionou a empresa a revisar seus critérios de validação de conteúdo.
Sony reage, mas silêncio ainda incomoda
A remoção dos jogos e a exclusão da Publishme Agency como parceira da PlayStation Store indicam que a Sony tomou providências após a exposição do caso. Todos os títulos ligados à desenvolvedora foram eliminados da loja. Atualmente, o nome da empresa já não consta como publicadora autorizada na plataforma.
Apesar da ação corretiva, ainda não está claro se os consumidores que compraram os jogos falsificados terão direito a reembolso automático. Até o momento, a Sony não se pronunciou oficialmente sobre o episódio, o que gera insatisfação entre os usuários lesados.
O caso evidencia a necessidade de fiscalização mais rigorosa nas lojas digitais. Em tempos de grande volume de lançamentos e transações online, a confiança do consumidor depende de mecanismos eficazes de verificação.
Mercado digital exige maior vigilância
Incidentes como este reforçam a importância de transparência e responsabilidade nas plataformas de venda de jogos digitais. A Sony, como uma das líderes da indústria, deve aprimorar seus sistemas de checagem para evitar novos casos.
Enquanto isso, a comunidade segue atenta a práticas suspeitas e continua alertando sobre possíveis golpes. O episódio também serve de alerta para outros estúdios e publicadoras que possam tentar explorar brechas semelhantes.
Deixe um comentário