A Nintendo parece ter finalmente reconhecido a quantidade excessiva de jogos de baixa qualidade na eShop. Com o lançamento do Nintendo Switch 2, a empresa divulgou silenciosamente um novo conjunto de diretrizes que promete transformar a loja virtual em uma experiência mais organizada, confiável e segura. As novas regras entraram em vigor no dia 5 de junho, mesmo dia em que o console foi lançado oficialmente em algumas regiões da Ásia.
Por enquanto, essas diretrizes se aplicam apenas a desenvolvedores do Japão e de outros países asiáticos. No entanto, a expectativa é que as medidas sejam adotadas globalmente em breve, considerando o impacto positivo que podem gerar na qualidade geral da eShop.
Combate ao “bundle spam” e às descrições enganosas
Uma das principais mudanças está no combate direto ao chamado “bundle spam”, ou seja, o excesso de pacotes promocionais criados por alguns estúdios com o objetivo de manipular os rankings da eShop. A partir de agora, os desenvolvedores só poderão lançar até cinco pacotes diferentes no primeiro ano de um jogo na plataforma. Após esse período, poderão adicionar apenas um novo pacote por ano, até o limite total de oito.
Essa medida busca eliminar práticas que prejudicam a visibilidade de jogos legítimos, muitas vezes ofuscados por promoções repetitivas e desleais. Além disso, a Nintendo agora proíbe explicitamente descrições enganosas de jogos. Não será mais permitido prometer funcionalidades inexistentes, nem incluir menções a conteúdos “em desenvolvimento” que, na prática, nunca serão lançados.
Essas regras aumentam a transparência e ajudam o consumidor a tomar decisões mais informadas, evitando frustrações comuns com títulos mal descritos.
Tolerância zero com conteúdo ofensivo e fora de contexto
Outra frente importante da nova política do Nintendo Switch 2 é o endurecimento sobre o conteúdo publicado. Jogos que contenham sexualização de crianças, conteúdo sexual excessivo, discurso de ódio, discriminação ou exploração de questões sociais delicadas terão sua publicação vetada. A Nintendo também proibirá declarações políticas abertas nas descrições dos jogos.
A empresa afirmou que sua lista de restrições não é definitiva e que cada caso será avaliado individualmente, levando em conta o contexto cultural e regional. Isso reforça a postura conservadora da Nintendo, que historicamente valoriza uma imagem familiar e inclusiva para seus produtos.
Regras rígidas para mudanças de produtos
As alterações nas páginas dos jogos também estão sob novos critérios. Os desenvolvedores não poderão mudar o nome do jogo ou modificar informações de forma arbitrária. Qualquer alteração relevante exigirá a aprovação da Nintendo. Além disso, aplicativos que não tenham elementos de jogo precisarão de autorização específica para serem lançados.
O objetivo é garantir consistência nas informações exibidas e impedir que títulos se tornem “camaleões digitais”, mudando sua proposta após serem aprovados na loja.
Medidas de punição e impacto para o consumidor
A Nintendo deixou claro que os desenvolvedores que descumprirem essas regras enfrentarão consequências sérias. Entre elas, estão a recusa da publicação, exigência de revisões obrigatórias, limitação de visibilidade na loja e até suspensão definitiva da distribuição. Em casos graves, a empresa poderá recorrer a medidas legais.
Essas atualizações são vistas como uma resposta necessária à crescente insatisfação dos usuários com a qualidade dos jogos e com a navegação confusa na eShop. A limpeza da loja virtual do Nintendo Switch 2 visa proteger tanto os jogadores quanto os desenvolvedores sérios que prezam pela qualidade.
Embora ainda restritas à Ásia, essas diretrizes mostram que a Nintendo está atenta às demandas do mercado e pronta para redefinir os padrões de qualidade de sua loja digital.
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