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Guillemot: “Nada é eterno” nos jogos digitais

Guillemot: “Nada é eterno” nos jogos digitais

Acesso a Jogos Antigos: Uma Discussão Acerca do Futuro Digital

O acesso a jogos digitais tem sido um tema cada vez mais debatido, especialmente quando se trata da possibilidade de perda de acesso a títulos antigos. Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, recentemente fez declarações que dividem opiniões sobre este assunto. Em resposta ao crescente movimento Stop Killing Games, ele afirmou que os jogadores não devem esperar acesso vitalício aos títulos lançados pelas empresas. A declaração, que gerou controvérsias, revela as mudanças no modelo de negócios da indústria de games e o impacto no futuro dos jogos.

A Campanha Stop Killing Games: Um Clamor da Comunidade

O movimento Stop Killing Games surgiu com a intenção de pressionar a União Europeia a criar legislação que garanta o direito dos jogadores de manter o acesso aos games mesmo após a descontinuação dos servidores. Essa campanha ganhou força principalmente após a Ubisoft desligar os servidores do jogo The Crew, tornando-o inacessível para os compradores. Criada pelo youtuber Ross Scott, a campanha critica o modelo de negócios atual, onde o jogador, na realidade, adquire uma licença limitada, e não um jogo propriamente dito.

Com mais de 1,4 milhão de assinaturas, a petição busca garantir que os jogos sejam considerados produtos de propriedade do comprador. No entanto, a Ubisoft defende que o modelo de “licença de uso” é uma prática comum na indústria, refletindo uma mudança no entendimento de jogos como um serviço, e não como um produto definitivo.

A imagem mostra a fachada da sede da Ubisoft em Montreal, no Canadá. É um prédio de tijolos vermelhos, de estilo industrial, com janelas altas e estreitas, distribuídas em colunas verticais. No topo do edifício, em duas faces, há letreiros com a marca "UBISOFT", indicando que o prédio pertence à empresa de desenvolvimento de jogos eletrônicos. O céu está nublado, sugerindo um dia cinzento. Na frente do prédio, há postes de iluminação pública.

A Resposta de Yves Guillemot: “Nada é Eterno”

Em uma reunião com acionistas, Yves Guillemot foi direto ao ponto, afirmando que a Ubisoft não pode garantir o acesso vitalício aos seus jogos. Segundo ele, “nada é eterno”, e todos os desenvolvedores enfrentam o desafio de manter os jogos em funcionamento ao longo do tempo. De acordo com Guillemot, embora a Ubisoft faça o possível para oferecer suporte aos títulos antigos, o serviço pode ser descontinuado eventualmente.

Além disso, a Ubisoft passou a exigir que, caso o suporte de um título seja encerrado, os jogadores destruam suas cópias do jogo. Isso gerou um novo debate sobre o que os consumidores realmente compram: a propriedade do jogo ou uma licença limitada de uso.

O Futuro dos Jogos: Licença ou Propriedade?

A questão levantada por Guillemot e pela campanha Stop Killing Games reflete uma mudança significativa na forma como os consumidores interagem com os jogos. No passado, o modelo de compra de um jogo oferecia a sensação de posse, com os jogos sendo tratados como produtos. Hoje, no entanto, as empresas de jogos adotaram o modelo de serviço, que está cada vez mais integrado ao digital e à nuvem.

A evolução para esse novo modelo reflete a pressão por inovações tecnológicas e, ao mesmo tempo, apresenta desafios para a preservação dos jogos. A dúvida persiste: até que ponto as empresas devem garantir o acesso a jogos antigos e, principalmente, o que significa “posse” em um mundo digital cada vez mais efêmero?

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