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Opiniões técnicas expõem falha no remake de Crash

Opiniões técnicas expõem falha no remake de Crash

Andy Gavin, veterano da indústria dos games e cofundador da Naughty Dog, voltou a ser assunto entre os fãs ao compartilhar opiniões sinceras sobre Crash Bandicoot N. Sane Trilogy. Embora não tenha participado diretamente do desenvolvimento do remake, Gavin acompanhou de perto o resultado final e decidiu se manifestar sobre um detalhe técnico crucial.

Nas redes sociais, ele elogiou o trabalho visual feito pela Activision e a equipe responsável pelo remake. Para ele, o novo visual é fiel ao espírito do jogo original e cumpre bem seu papel em reintroduzir Crash a novas gerações. No entanto, segundo suas opiniões, um erro sutil, mas determinante comprometeu a jogabilidade: o sistema de salto.

O erro invisível que comprometeu a jogabilidade

Opiniões técnicas expõem falha no remake de Crash
Andy Gavin

Gavin explicou que, nos anos 1990, os controles do primeiro PlayStation eram digitais, ou seja, os botões só reconheciam dois estados: pressionado ou não. Ainda assim, a equipe da Naughty Dog criou um sistema que media o tempo em que o botão de salto era segurado, mesmo nos primeiros milissegundos da animação.

Essa solução permitia ao jogador controlar a altura do pulo com precisão milimétrica. “O pulo não era binário, e sim sensível à duração do toque”, afirmou o desenvolvedor. O sistema operava dentro de uma janela extremamente curta, entre 30 e 60 milissegundos, o que dava ao jogador a sensação de controle total sobre o personagem.

Segundo Gavin, o remake ignorou esse detalhe técnico. Como resultado, os saltos passaram a ter altura fixa no máximo, removendo a finesse dos pulos pequenos e tornando a movimentação “flutuante” demais. Para ele, isso comprometeu diretamente a experiência que tornou Crash Bandicoot um clássico.

Pulando para trás: mais bonito, menos preciso

“Os desenvolvedores do remake ou não perceberam esse sistema, ou acharam que não era importante”, criticou Gavin. “Agora, todo salto no remake é enorme e flutuante. Aqueles pulinhos precisos entre plataformas ficaram desajeitados.”

Ele ressaltou que esse tipo de mecânica é central para um jogo de plataforma, e que mesmo com um hardware atual mil vezes mais potente, o remake falhou em algo que o original de 1996 dominava com perfeição. Segundo suas opiniões, detalhes aparentemente insignificantes, como sensores de tempo e resposta do botão, fazem uma enorme diferença no controle e na experiência final do jogador.

Além do aspecto técnico, Gavin também comentou sobre o lançamento de Crash Bandicoot no Japão. A adaptação para o público local envolveu mudanças nos sons e na dublagem, com o personagem recebendo uma nova voz de “velho rabugento” que funcionou melhor por lá. Ele destacou como pequenas alterações culturais podem influenciar a recepção de um jogo em mercados distintos.

Um legado respeitado, mas não intocável

Apesar das críticas, Gavin deixou claro que admira o esforço e o carinho envolvidos no projeto do remake. Suas opiniões servem mais como uma análise técnica do que como rejeição. Para ele, trata-se de reconhecer que os mínimos detalhes fazem toda a diferença, especialmente em jogos onde o controle é tudo.

Enquanto a trilogia remasterizada conquista novos fãs e vende milhões de cópias, comentários como os de Gavin ajudam a preservar o legado técnico e criativo dos games clássicos. Eles também mostram como o cuidado com a jogabilidade deve estar à altura do visual, especialmente quando se trata de reviver um ícone como Crash Bandicoot.

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